Nem tudo o que é Sólido desmancha no ar.
Paulo Eduardo Arantes.
O que devemos pensar como um problema de ordem mundial, sob jugo do capital, é a inclusão de milhares de seres humanos neste sistema de dominação e exploração. É a inclusão, que se dá de forma cada vez mais precarizada, e com perda de direitos, que me preocupa. ( livre interpretação) Com a mundialização do capital, ninguém está fora, afirma Arantes.
"...Sobretudo as grandes massas precarizadas e desconectadas na corrida ao corte de custos: em tempos de pressões competitivas globalizadas, literalmente não têm mais para onde ir. Nunca estiveram tão irremediavelmente incluídas."
A ordem burguesa, a dominação por processos econômicos espoliativos, bem como a exploração do homem ante o homem; Nada mais plausível que até mesmo a massa sobrante seja fonte de rentabilidade, controle de preços, geradora de lucros e incrementadora de investimentos. O bom exemplo, que vem dos EUA, como não poderia deixar de ser, é o da teoria das janelas quebradas, ou Broken windons theory. O neoconservadorismo norte-americano atuando como nunca, na busca de rentabilidade do capital. Na incrementação do valor do capital.
Seguindo nesta entoada, um outro processo, coadunado com esse de cima, nas palavras de Arantes, é o da globalização, o qual ele prefere chamar de espasmo pré-histórico do sistema tautológico de acumulação do capital.
"Continuaremos na mesma, a mesma desgraça econômica de sempre, desde que a terra, o trabalho dos homens e a moeda de troca entre eles foram transformados em mercadoria, como qualquer outro artigo de comércio." Permanecemos na luta de classes! O capitalismo, eis sistema! Atuando na sua busca infindável de acumulação. A mítica da normalidade burguesa, configurada na modernolatria ,cega a todos que, de uma forma ou de outra, acreditam no ajuste passivo ante o monstro pré-histórico que nos domina. Fazer história é superar transformando, transformar superando, não simplesmente reproduzir as forças materias de sobrevivência cegamente, de forma reificada, alienada, estranhada, usurpada. A emancipação ainda é uma ficha com a qual devemos apostar.